Agora já não dava mais, já não era amar, era discutir, já não havia aquela cumplicidade que durou tanto tempo, já não bastava olhar para os teus olhos para entender se estavas bem. Já nada era igual. Sei que és o meu menino, sei que me fizeste sorrir como nunca ninguém fez. Passámos por muito, coisas boas, e más, mas embora tudo o que possa ter acontecido, foste tu que me ensinaste o verdadeiro significado de amor e de felicidade.
Sei que por muito que agora cada qual siga o seu caminho, fomos muito marcantes um para o outro. Foi um ano e três meses de pura felicidade, de verdadeiros sorrisos, e onde me senti verdadeiramente amada.
Minguem imagina o que me custou matar o nosso amor, sei que errei e agora estou a pagar por isso, foi o mesmo de matar-me a mim mesma, foi acabar com parte de mim. Acabar com a minha felicidade.
Mas até que ponto o sofrimento que a nossa relação já nos causava era saudável? eu nunca tinha sentido nada do género por ninguém, não imaginava o que era o amor, até te conhecer achava que era feliz, achava que tinha tudo, mas a partir do momento em que nós nos aproximamos percebi que o mundo não era tão cor-de-rosa como eu o fazia.
Aquele dia, oito de Junho de dois mil e nove, festas de Salvaterra, era-mos ainda muito infantis, foi a minha primeira curte, sim porque inicialmente era uma curte, mas depois já "curtia-mos" todos os intervalos, sempre, já era constante até que apenas num olhas e num suspiro entendemos que tinha-mos começado a namorar, entendia-mos perfeitamente o que o outro estava a sentir,sabia-mos que o amor era mutuo, e que tudo era verdadeiro.
Talvez, talvez um dia possa-mos voltar a tentar ser felizes juntos, talvez um dia possa voltar a beijar-te, talvez um dia possa voltar a abraçar-te, talvez possa voltar a ter-te como antes, como sempre quis ter-te como sempre devia ser.
